Candidato por Leiria Manuel Carreira (entrevista Jornal das Caldas)

1- Quais são as grandes apostas que o seu partido terá a iniciativa de propor para o distrito?

O Partido da Terra com quase 30 anos de existência continua hoje, mais do que nunca, a ter causas únicas e que interessam a tudo e todos: A Ecologia e o Humanismo.  As grandes autoridades morais do mundo, Papa Francisco e António Guterres durante a Pandemia a respeito das alterações climáticas repetiam “estamos a cavar a nossa própria sepultura”.

As nossas principais apostas passariam pela requalificação da linha do Oeste, em harmonia com a criação do aeroporto de Leiria, na Base Aérea de Monte Real. A criação de programas educativos, que contribuam para uma melhor qualidade na educação e uma melhoria das condições profissionais dos professores.

E Caldas da Rainha tem, porém, um lugar estratégico por ser central no país, estar perto da capital, estar perto do mar e ter uma agricultura invejável. É nesta identidade natural que deve continuar a desenvolver-se.

2-Que problemas identificam como prioritários solucionar no distrito e como é possível resolvê-los?

Para além dos temas clássicos de todas as campanhas partidárias, penso que Leiria poderia ser pioneira no investimento de causas que vão para além dos orçamentos e legislaturas como o investimento nos jovens que em sistema de voluntariado com pequenas bolsas, que coordenados pelas autoridades e professores seriam os cuidadores da natureza. Assim até os professores, que viriam as suas carreiras descongeladas e teriam uma melhor qualidade de vida, fariam um Verão feliz, cuidavam das árvores e da natureza, à semelhança dos escuteiros e preveniam os fogos. Confiar a natureza aos estudantes seria uma experiência a estender a todo o país.

3- Qual a sua opinião relativamente aos investimentos anunciados para requalificar a ferrovia do Oeste?

A ferrovia do Oeste, conjugada com o aeroporto de Monte Real seria o grande desafio económico e aposta ecológica. Evitaríamos diariamente centenas de camiões para Lisboa, da indústria, agricultura, cereais para rações… Para não falar da praticidade que seria para os nossos emigrantes e as vantagens que traria ao turismo religioso ter um aeroporto tão central no país.

4- O novo Hospital do Oeste está em cima da mesa. É a obra que vai responder às exigências no capítulo da saúde no sul do distrito? Onde deve ficar localizado?

A saúde é como um carro, tem que estar sempre em vigilância e se fôr velho é de esperar as contínuas reparações até não dar mais. Um novo hospital deveria ser fora da cidade, caminhando para o mar e ser pioneiro na saúde mental.

5-Como classifica a atuação dos atuais deputados eleitos nos últimas legislativas pelo círculo eleitoral de Leiria?

Não tenho conhecimento suficiente para avaliar. Se fosse um político de carreira saberia, mas como nunca serei, valorizaria todos aqueles que fossem íntegros e coerentes, bem formados humanamente, livres de pensar e que atuem de consciência.

6-Porque é que o eleitor deve votar no seu partido e não em outro? Qual é a diferença?

Não somos um partido a prazo que se esgota e não cumpre o que promete. Somos um pequeno partido mas de grandes causas. O que o Partido da Terra pode prometer é o céu, mas cada um tem que fazer por isso. Considerando que no céu não se come nem bebe, não são precisos os tachos!…

7-Considera que o seu partido tem possibilidades de eleger deputados? O que seria um bom para resultado para o partido nas próximas eleições?

Nas próximas eleições um bom resultado seria que muitos mais se consciencializassem e se unissem a nós, dadas as alterações climáticas, o esgotamento progressivo da água potável, a degradação da educação familiar e escolar e a urgência do sentido de solidariedade das novas gerações. Parafraseando o grande diplomata do século XX, João Paulo II, que fez os primeiros “buraquinhos” no muro de Berlim e da Madre Teresa de Calcutá diria “O mar é imenso mas uma gota de água torna-o maior. Se essa gota fôr uma lágrima, torna o mar maior e mais profundo” E Caldas da Rainha tem muito mar!

Respeitosamente,

Manuel Carreira

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