Segundo a notícia publicada na edição de 29 de Abril de 2022 do Semanário “Expresso”, o gabinete de apoio aos refugiados ucranianos da Câmara Municipal de Setúbal (liderada por André Valente Martins, membro do Partido Ecologista “Os Verdes” eleito pela lista da CDU nas eleições autárquicas de 26 de Setembro de 2021) integra cidadãos russos pró-Kremlin que não só fotocopiam os documentos daqueles que fugiram da violência e da guerra (maioritariamente idosos, mulheres e crianças), como recolhem informações sobre os seus familiares que, ao abrigo da lei marcial imposta desde o início da invasão, permanecem na Ucrânia a combater as forças russas.
Esta equipa da Linha Municipal de Apoio aos Refugiados — LIMAR, criada pelo Município de Setúbal, integra, entre outros colaboradores, IGOR KHASHIN (antigo líder da Casa da Rússia e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos e que dirige agora a associação EDINSTVO – Associação dos Imigrantes dos Países de Leste, assumidamente russa) e a sua mulher, YULIA KHASHIN, funcionária da autarquia setubalense.
IGOR KHASHIN, próximo da embaixada da Rússia em Portugal e apoiante do actual presidente da câmara de Setúbal durante a campanha eleitoral autárquica, tem ainda ligações à Fundação RUSKYI MIR criada por Vladimir Putin em 2007 para, alegadamente, apoiar e divulgar a cultura e a língua russa no mundo, mas que que não passa de mais uma ferramenta da sua propaganda política que insiste em justificar este ataque bárbaro a um Estado soberano com a necessidade de “desnazificá-lo”.
Considerando que se trata de uma situação infelizmente já recorrente no nosso país, recordamos o triste caso da transmissão de dados de manifestantes, pelo então Presidente da autarquia lisboeta – Fernando Medina, à Embaixada da Rússia, conhecido por RUSSIAGATE, e entendendo que, devido à extrema gravidade das alegações vindas a público, o Partido da Terra-MPT entende que se torna imperioso que o Ministério da Administração Interna investigue urgente e aprofundadamente as condições de admissão destas associações pró-Putin no Colégio Eleitoral da comunidade ucraniana no Alto Comissariado para as Migrações, assim como a presença de cidadãos russos com ligações ao regime de Moscovo a colaborar no processo de acolhimento de refugiados ucranianos não só em Setúbal, mas em todo o País.
O MPT repudia veementemente as tentativas intelectualmente desonestas do Partido Comunista Português de branquear a injustificada e brutal agressão militar da Federação Russa à Ucrânia, a sua recusa sistemática em condenar os responsáveis por esta guerra e pelos massacres de civis em diversas cidades ucranianas, bem como a sua oposição à investigação dos crimes de guerra cometidos pelo Presidente Vladimir Putin e pela sua cúpula militar, lamentando, ainda, que este partido de extrema-esquerda se empenhe em manter o seu desencontro com a História.