PARTIDO DA TERRA-MPT REJEITA A CONVERSÃO PARA BIOMASSA NA CENTRAL DO PEGO

Lisboa, 23 de Novembro de 2021 – O Partido da Terra-MPT saúda o encerramento no passado dia 19 de novembro da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes (a única que ainda funcionava a carvão em Portugal, tendo sido responsável, entre 2008 e 2019, por 4% das emissões totais nacionais de gases com efeito de estufa), mas considera, contudo, que a mudança do paradigma energético nacional não deve passar pela queima de biomassa primária florestal para a produção de energia.

Pedro Soares Pimenta, Presidente da Comissão Política Nacional do Partido da Terra-MPT, salienta que “O recurso à biomassa para produzir eletricidade, além de não ser neutro em emissões de carbono, é insustentável e ineficaz” e acrescenta que “urge rever a Directiva das Energias Renováveis no sentido de restringir as importações de biomassa do exterior, de excluir árvores vivas inteiras da classificação de “produto residual” e de possibilitar a adequada contabilização das emissões de carbono do corte e queima de madeira”.

O Partido da Terra lamenta ainda que, apesar de há muito que ter sido anunciada a desativação da Central do Pego, a guerra entre accionistas, a falta de diálogo social e a morosidade na aplicação dos prometidos milhões do Fundo para a Transição Justa para apoiar a requalificação e criação de novos postos de trabalho na região estejam a inviabilizar uma transição energética justa e rápida que permita, de facto, acautelar o futuro dos cento e cinquenta trabalhadores directos e indirectos da Central e minorar os graves impactos sociais e económicos em todo o Concelho.