História do Partido Da Terra

O Partido da Terra – MPT foi fundado em 12 de agosto de 1993, inicialmente sob a designação de Movimento o partido da Terra. Desde cedo, distinguiu-se pela defesa de um modelo político centrado na sustentabilidade e na qualidade de vida das populações. Ainda em 1993, o MPT estreou-se em eleições autárquicas, conquistando dois vereadores em Ferreira do Zêzere e ficando em segundo lugar na localidade, apenas atrás do Partido Social Democrata (PSD).

Gonçalo Ribeiro Telles

Em 1995, o MPT formou uma coligação eleitoral com o Partido Popular Monárquico, denominada Coligação Ecologia e Futuro, conquistando 5.932 votos (0,10%) nas eleições legislativas desse ano. Já nas autárquicas de 2001, alcançou um dos seus primeiros grandes sucessos, ao conquistar a Câmara Municipal de Celorico da Beira e eleger quatro vereadores.

No IV Congresso do partido, a 2 de novembro de 2002, o MPT assumiu-se definitivamente como uma formação política consolidada ao abandonar a designação de “Movimento”, mantendo, contudo, a sigla MPT, que ainda hoje é usada pelos meios de comunicação social.

Entre 2005 e 2009, o partido conseguiu representação na Assembleia da República através de um acordo pré-eleitoral com o PSD. Pedro Quartin Graça (pelo círculo de Lisboa) e Luís Carloto Marques (pelo círculo de Setúbal) foram eleitos deputados, sendo esta uma das fases mais marcantes da história do partido. Paralelamente, o MPT conquistou um deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira e mais de 300 eleitos locais.

Em abril de 2009, o MPT anunciou a sua participação nas eleições europeias desse ano em parceria com a aliança pan-europeia Libertas.eu, de Declan Ganley. Apesar de ser pró-integração europeia, o MPT defendia maior transparência na União Europeia e um referendo ao Tratado de Lisboa em Portugal. O partido conquistou 24.065 votos (0,67%). Para as legislativas desse mesmo ano, formou a Frente Ecologia e Humanismo, com o Partido Humanista, recebendo 0,22% dos votos. Já nas eleições autárquicas de 2009, o MPT conquistou dois vereadores, 17 deputados municipais e 47 deputados de freguesia, concorrendo isolado ou em coligação.

Nas legislativas de 2009, o MPT obteve 0,41% dos votos, subindo do 14.º para o 8.º lugar, resultado de uma campanha mais profissionalizada e do apoio de várias figuras públicas. Em 2011, nas eleições regionais da Madeira, conseguiu manter o seu deputado, apesar de uma ligeira descida eleitoral.

O maior sucesso eleitoral do MPT ocorreu nas eleições europeias de 25 de maio de 2014, quando, numa lista encabeçada po Antonio Marinho e Pinto, elegeu dois eurodeputados com mais de 234.000 votos, tornando-se assim na 4ª força política nesse acto eleitoral.

O MPT tem mantido presença ativa na política portuguesa, apostando na participação em eleições legislativas, regionais, autárquicas e europeias.
Em 2019, Manuel Ramos foi eleito presidente-geral no XI Congresso Extraordinário do partido, realizado a 22 de junho, mas, devido a problemas de saúde, acabou por ser substituído pelo atual líder, Pedro Soares Pimenta.

Em novembro de 2024, Pedro Soares Pimenta foi reeleito em Congresso Nacional com amplo apoio dos militantes, liderando uma equipa totalmente renovada. Nesse Congresso, apresentou novas diretrizes programáticas para o futuro do partido, comprometendo-se a tornar o MPT mais agregador e universalista.

Ao longo do seu percurso, o MPT tem demonstrado resiliência e capacidade de adaptação aos desafios políticos, mantendo uma postura independente e participativa na vida democrática nacional. O partido continua a defender um modelo de governança eficaz e sustentável, procurando afirmar-se como uma alternativa política credível para os portugueses.